
A Elite Ana Valido (Ouribike/CC Ouriquense/Mafra) pedalou sozinha – até ser alcançada na última das 11 voltas por Celina Carpinteiro – na primeira vitória da época na Taça de Portugal Liberty Seguros cujo desenlace consagrou à geral, como esperado, Anaïz Moniz (ACD Milharado/Intermarché/Mafra), a mais regular nas quatro provas do Troféu. Moniz fez uma prova sem grande esforço terminando a derradeira prova na quarta posição.
Na corrida júnior, a vencedora foi Daniela Reis (ACD Milharado/Intermarché/Maafra) que selou com chave de ouro a vitória na Taça de Portugal da sua categoria impondo-se, na última prova diante Ana Silva (Silva&Vinha/ADRAP) e Susana Conceição (ACD Milharado/Intermarché/Mafra).
Entre as cadetes, a mais forte na corrida de Torres Vedras foi Joana Ferreira (Silva&Vinha/ADRAP) que se impôs diante da colega de equipa Sara Carneira. Ana Rita Reis (NC Baixa da Banheira) terminou a prova na terceira posição mas foi a principal vencedora ao conquistar a geral da Taça de Portugal.
Entre as veteranas, com apenas duas participantes, Célia Vieira (UC Leiria) impôs-se sem dificuldade diante Maribel Ferreira (Maxigym-Medida Única). A geral da Taça de Portugal nesta categoria foi entregue a Ana Afonso (Maxigym-Medida Única).
Nos dias de hoje em que a igualdade de géneros é uma constante da nossa sociedade actual, a existência de tão poucas ciclistas na vertente de estrada é uma realidade preocupante para um pais que se diz desenvolvido.
É uma questão que tem que ser repensada e discutida entre as partes interessadas no desenvolvimento e projecção do ciclismo nacional (feminino neste caso) num futuro proximo. É uma tarefa que deverá ser planeada dividida e suportada pela FPC, ASSOCIAÇÕES, CLUBES, IDP e COP, para que possamos num espaço temporal de 6 anos projectar a possibilidade da presença de ciclistas femininos nos JO de 2016. Neste periodo de tempo deverão ser consideradas e implementadas regras e campanhas que promovam a adesão ao ciclismo de estrada de jovens do sexo feminino , pois se não existir uma primeira fase que promova a massificação do ciclismo feminino não será possivel termos um critério credivel de selecção. No entanto se a massificação não for possivel conretizar num espaço temporal que permita iniciar um ciclo olimpico (2012-2016) com um universo de atletas substancial deveria se iniciar já na proxima época um trabalho de acompanhamento e de monitorização das atletas que neste momento se inserem na faixa etária que poderá estar em 2016 no seu maior periodo de produtividade de resultados (cadetes de 2ºano e juniores).
Quanto aos criticos que tem todo o direito de serem cepticos em relação a qualidade das nossas ciclistas peço-lhes que lhes dêem o beneficio da dúvida nos próximos anos por forma que elas tenham o tempo de crescer e amadurecer na modalidade e então que se faça uma avaliação tanto quanto possivel da qualidade do ciclismo feminino em Portugal a bem do desporto e do ciclismo .
Antes de mais os meus parabéns a todas as vencedoras e vencidas da taça de Portugal de Ciclismo feminino, pois acima do esforço físico, tem de certeza um grande esforço a nível de família e de preconceito a ultrapassar.
Depois quero deixar um grande PARABÉNS á Ana Valido pela vitoria sempre merecida, pois esta atleta pelo que tenho visto tem feito um trabalho excelente em prologo da equipa, muitas vezes incompreendido por outras pessoas que mandam…