A época de 2021 já começa a ganhar forma em todos os aspetos. Em fim de novembro, o prazo limite para as equipas detentoras de uma licença World Team apresentarem as candidaturas que serão agora avaliadas por auditores. Ao todo foram apresentadas 19 candidaturas, a saber:
AG2R CITROEN TEAM
ASTANA PREMIER TECH
BAHRAIN VICTORIOUS
BORA / HANSGROHE
INTERMARCHÉ / WANTY / GOBERT MATÉRIAUX (Fica com a licença da CCC, um processo ainda em avaliação)
COFIDIS
DECEUNINCK / QUICK-STEP
EF PRO CYCLING
GREENEDGE CYCLING
GROUPAMA /FDJ
INEOS GRENADIERS
ISRAEL START-UP NATION
JUMBO / VISMA
LOTTO / SOUDAL
MOVISTAR TEAM
QHUBEKA / ASSOS (Ex- NTT)
TEAM DSM
TREK / SEGAFREDO
UEA TEAM EMIRATES
Tal como se esperava, o ano de 2021 iria sofrer algumas convulsões no seio de algumas equipas. A saída da CCC e da NTT já estava há muito anunciada e também alguns patrocinadores ligados a áreas mais afetadas pela crise que a pandemia trouxe que dificilmente poderiam a continuar a investir no ciclismo do mais alto nível. A Sunweb ligada ao turismo sentiu um forte decréscimo nos seus negócios, a Michelton também ligada ao turismo vinícola na Austrália, foi obrigada a travar a fundo os seus investimentos. A AG2R ligada aos seguros mutualistas teve que arranjar parceria para fazer face aos seus 17 milhões de euros que a sua estrutura aglutina anualmente, entre outras equipas que tiveram que procurar médios e pequenos patrocinadores para conseguirem chegar aos números de orçamento que necessitam.
Quanto às últimas contratações da época e extensões de contrato, figuram os nomes de Michal Kwiatkowski e Tao Geoghegan Hart que renovaram até 2023 com a Ineos Grenadiers e Mark Cavendish que correrá com a camisola da Deceuninck / Quick-Step, embora seja remunerado com patrocínios próprios.
Muitos ciclistas que tinham alinhado em equipas WorldTeams não conseguiram renovar os seus contratos, preteridos por ciclistas mais baratos, porque estamos em crer que algumas equipas não continuariam a ter os mesmos valores que os patrocinadores principais disponibilizavam e por isso tiveram que fazer opções.
Há neste momento 34 agências de representação de atletas, devidamente licenciadas pela UCI que representam cerca de 480 ciclistas profissionais. Um tema que voltarei a abordar numa próxima crónica.
Jorge Garcia